[Artigo atualizado em 18/09/2023]
No meu consultório, recebo um grande número de pessoas que não conseguiram perder peso, ou que conseguiram atingir o peso desejado, mas que depois o recuperaram todo ou até mais. Aqui estão as principais razões para estes fracassos, para que os possa evitar.
Antes de continuar a ler
Não sou um especialista neste domínio, mas sou apaixonado por nutrição e saúde.
Os artigos que encontrará no meu site são o resultado de uma investigação aprofundada que gostaria de partilhar consigo. No entanto, gostaria de sublinhar que não sou um profissional de saúde e que os meus conselhos não devem, de forma alguma, substituir os de um médico qualificado. Estou aqui para o orientar, mas é importante que consulte um profissional para questões específicas ou preocupações médicas. O seu bem-estar é importante. Por isso, certifique-se de que consulta os especialistas adequados e cuide de si o melhor possível.
#1 Querer perder demasiado e demasiado depressa
Muitas pessoas querem resultados espectaculares para as encorajar e motivar, mas perder demasiado depressa é a melhor forma de recuperar tudo (e mais alguma coisa)! Vejo demasiadas pessoas que caíram no círculo vicioso do “ioiô”, que perturbaram a sua regulação natural do peso e que engordam um pouco mais de cada vez.
O meu conselho: dê tempo ao seu corpo, trabalhe os seus hábitos diários ao longo do tempo para conseguir uma perda de peso gradual e duradoura. E para se motivar, estabeleça objectivos intermédios realistas.
#2 Concentrar-se apenas no seu peso
Olhar demasiado para a balança e ficar obcecado com ela é, em última análise, contraproducente e bastante desmotivante. Existem naturalmente pequenas variações de peso e a perda de peso não é linear.
Além disso, não se esqueça de que o reequilíbrio da sua alimentação é geralmente acompanhado de atividade física, pelo que estará também a ganhar massa muscular.
O meu conselho: pese-se, no máximo, uma vez por semana (idealmente em jejum, depois de urinar, à mesma hora, com a mesma roupa e a mesma balança). Para motivação, os objectivos em termos de bem-estar e de boa forma física vão ajudá-lo.
#3 Ser demasiado restritivo ou excessivo
Quer seja em termos de calorias, evitando certos grupos de alimentos (por exemplo, gorduras, alimentos ricos em amido) ou atividade física excessiva, muitas pessoas pensam que precisam de tomar medidas drásticas para perder peso e impõem a si próprias uma disciplina que não conseguem manter ao longo do tempo.
O meu conselho: se quer que o seu corpo lhe faça bem, não o trate tão mal e mantenha-o saudável. É tudo uma questão de equilíbrio (cada grupo alimentar tem um papel a desempenhar) e de dose: nenhum alimento é prejudicial em si mesmo, são os excessos (ou carências) que o são.
#4 Comer demasiadas proteínas
A utilização de dietas ricas em proteínas perdura, apesar da denúncia dos efeitos nefastos das dietas de tipo Dukhan para a saúde. De facto, o excesso de proteínas sobrecarrega o organismo, nomeadamente os rins, e pode provocar inchaço.
O meu conselho: comer proteínas todos os dias é essencial, mas em média 1 a 2 porções de 100g de carne/peixe/ovos/soja por dia é suficiente, ou ainda menos se comer mais leguminosas e quinoa.
#5 Saltar refeições
Se saltar uma refeição, vai pensar que está a comer menos, mas o risco é compensar mais tarde, tanto em termos de quantidade como de qualidade (petiscos, snacks).
Na maioria das vezes, é o pequeno-almoço que é ignorado. Isto terá um impacto no almoço, mas especialmente à noite, quando as pessoas chegam a casa do trabalho, quando estão com muita fome e vão desejar alimentos rápidos e altamente calóricos e/ou comer um jantar excessivo.
O meu conselho: uma estrutura recorrente e rotineira ajuda o nosso corpo a regular-se. Além disso, procure ingerir mais calorias durante o dia do que à noite.
#6 Pensar que existe uma receita milagrosa, seguindo a última moda das dietas
Cada verão tem as suas modas e cada um tem a sua solução milagrosa partilhada na Internet, mas muitas vezes não se baseia em nada de científico e, além disso, um tipo de dieta pode ser adequado para uma pessoa e contraindicado para outra.
Omeu conselho: o que se come não é inocente e deve ser adaptado à sua atividade e às suas características. Antes de mergulhar de cabeça num programa alimentar e desportivo, procure o conselho de um profissional de saúde.
#7 Exagerar nos produtos light ou com baixo teor de gordura
Quando se quer perder peso, pode sentir-se tentado pelos produtos rotulados como “light” ou “lite”.
No entanto, deve ter em atenção que estas alegações são argumentos de venda para os fabricantes e podem enganar os consumidores. De facto, um produto pode ser rotulado como “light” por conter menos gordura do que o produto de referência, mas ser mais rico em açúcar.
É preciso ter em atenção os aditivos utilizados para compensar a perda de gordura ou para preservar a textura.
Além disso, as pessoas tendem a consumi-los sem contar as calorias porque são “light”, ou para compensar o facto de não terem o mesmo sabor que o original.
No que diz respeito aos edulcorantes, eles enganam o cérebro na altura, mas isso mantém o gosto pela doçura e aumenta o apetite na próxima vez que se come.
O meu conselho: desconfie das alegações comerciais e leia os rótulos com atenção.
#8 Confiar em suplementos alimentares
Algumas pessoas compram suplementos de “emagrecimento”,“perda de peso” ou “queima de gordura ” na esperança de um efeito “milagroso”, mas estes produtos são mais um negócio do que qualquer outra coisa.
Omeu conselho: você e os seus hábitos alimentares são a chave para uma perda de peso saudável e duradoura. Se não mudar a sua alimentação, os suplementos são inúteis.
Para além disso, alguns podem ter efeitos nocivos ou ser contra-indicados, dependendo do seu caso.