O que penso dos complementos alimentares por Laurence Huwig

[Artigo atualizado em 18/09/2023]

O que são suplementos alimentares?

De acordo com uma diretiva do Parlamento Europeu*, os suplementos alimentares são “géneros alimentícios que têm por objetivo complementar o regime alimentar normal e que constituem uma fonte concentrada de nutrientes ou de outras substâncias com efeito nutricional ou fisiológico, estremes ou combinadas…”.

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Não sou um especialista neste domínio, mas sou apaixonado por nutrição e saúde.

Os artigos que encontrará no meu site são o resultado de uma investigação aprofundada que gostaria de partilhar consigo. No entanto, gostaria de sublinhar que não sou um profissional de saúde e que os meus conselhos não devem, de forma alguma, substituir os de um médico qualificado. Estou aqui para o orientar, mas é importante que consulte um profissional para questões específicas ou preocupações médicas. O seu bem-estar é importante. Por isso, certifique-se de que consulta os especialistas adequados e cuide de si o melhor possível.

Existem muitas formas de suplementos alimentares disponíveis no mercado, quer sejam à base de plantas, vitaminas e minerais ou outras substâncias concentradas. Estes suplementos podem ser encontrados sob a forma de cápsulas, gotas, pós, etc.

Promovem uma série de benefícios para os consumidores, como a ajuda à perda de peso, o reforço da imunidade no inverno, a melhoria do sono, etc.

Os suplementos alimentares não são reconhecidos como medicamentos. Não podem, por conseguinte, afirmar que têm um efeito terapêutico. Além disso, contrariamente aos medicamentos, estes produtos não necessitam de autorização de introdução no mercado para poderem ser comercializados. É ao fabricante que compete garantir que os complementos alimentares colocados no mercado respeitam as disposições regulamentares em vigor, tanto em termos de segurança como de informação ao consumidor.

*Diretiva2002/46/CE do Parlamento Europeu, transposta pelo decreto n.º 2006-352 de 20 de março de 2006.

O que é que ela tem para si?

Com uma alimentação variada e equilibrada, as carências de vitaminas e minerais são raras na população em geral. No entanto, certos regimes alimentares ou certos períodos da vida podem apresentar um maior risco de carências.

alimentation équilibrée

Eis os principais nutrientes em causa:

Vitamina D: desempenha um papel essencial na qualidade do tecido ósseo e muscular e no reforço do nosso sistema imunitário. Contudo, a maioria dos franceses não a consome em quantidade suficiente, tanto mais que a principal fonte de vitamina D não provém dos alimentos, mas da luz e da exposição solar. De acordo com o relatório Suvimax de 1997, 75% da população tem um défice de vitamina D, e esta situação não parece ter melhorado ao longo dos anos. Para as crianças, recomenda-se a toma de suplementos de vitamina D desde os primeiros dias de vida até aos 18 anos de idade. Para os adultos, recomenda-se a realização de análises sanguíneas várias vezes por ano (principalmente no outono e no final do inverno). O seu médico poderá então avaliar se é necessário tomar um suplemento.

Também é possível encontrar suplementos preventivos em forma de gotas nas farmácias. A dose recomendada situa-se frequentemente entre 800 e 1000 UI/dia (respeite a dosagem recomendada pelo fabricante). No entanto, se optar por este tipo de produto, tenha o cuidado de não o combinar com outros suplementos que contenham vitamina D.

Magnésio: se sofre de ansiedade, hiper-emocionalidade, irritabilidade, cãibras, tremores musculares, etc., pode estar a sofrer de uma carência de magnésio, como acontece com 70% da população francesa (relatório Suvimax, 1997). A dose diária máxima autorizada de magnésio para os suplementos alimentares é de 300 mg/dia, pois uma parte do magnésio é também fornecida pela alimentação (frutos oleaginosos, água mineral rica em magnésio, cereais integrais, leguminosas, etc.). Além disso, para que o magnésio chegue à célula e aí se mantenha, é necessário tomar um suplemento que contenha igualmente vitamina B6 e taurina.

Vitamina B12: se seguir uma dieta vegana, a sua alimentação é desprovida de vitamina B12, pois esta só está presente nos alimentos de origem animal. O mesmo se aplica se seguir uma dieta vegetariana. De facto, mesmo que coma produtos lácteos e ovos, terá de consumir quantidades superiores às recomendações para ter uma cobertura suficiente. É necessária uma suplementação, dando prioridade à vitamina B12 sob a forma de cianocobalamina, quer diariamente com 25 µg por dia, quer semanalmente com 2 000 µg por semana ou mensalmente com 5 000 µg por mês.

Ómega-3 (EPA e DHA): é necessário comer pelo menos 1x/semana um peixe gordo como a cavala ou a sardinha para cobrir as nossas necessidades de ómega-3 de origem animal. Os ómega 3 não podem ser fabricados pelo nosso organismo e desempenham um papel essencial no desenvolvimento e no bom funcionamento do cérebro, do sistema nervoso e do sistema cardiovascular.

Por isso, se não come muito peixe e marisco, especialmente peixes gordos, recomendamos que complemente a sua dieta com ómega 3 EPA e DHA.

Mas atenção! Não é isento de riscos!

Ao consumir suplementos alimentares, pode existir o risco de ultrapassar os limites de segurança.

Por isso, tenha cuidado!

Eis alguns conselhos para o ajudar a limitar estes riscos:

  • Respeitar as precauções de utilização indicadas na embalagem.
  • Evite doses múltiplas. Se tomar vários suplementos alimentares, estes podem conter minerais e vitaminas em comum, pelo que, mesmo que os limites de segurança sejam respeitados para cada suplemento, o consumo cumulativo de vários suplementos pode levar a uma sobredosagem.
  • Cuidado com os produtos milagrosos! Muitos suplementos disponíveis no mercado em apresentam como tendo efeitos “mágicos” na sua saúde e no seu peso, mas a existência de produtos milagrosos nunca foi provada. Além disso, estes produtos são frequentemente misturas de numerosos nutrientes ou plantas. Quanto maior for o número de compostos num produto, maior é o risco de subdosagem. O seu produto será então menos eficaz porque dificilmente compensará as suas carências. Por conseguinte, é preferível escolher um suplemento com um único composto ou em combinação com 1 ou 2 outros compostos.
  • Atenção às contra-indicações se estiver a tomar medicamentos! Alguns complementos podem ser incompatíveis com a toma de medicamentos (por exemplo, antidepressivos) ou entre si.

Em conclusão: se deseja tomar suplementos nutricionais ou se sente que sofre de carências, o melhor é contactar um profissional de saúde para o ajudar.

Para saber mais: